A Terapia Ocupacional se organizou como profissão no Brasil nos anos 1950, e seu estatuto teve maior reconhecimento quando passou ao nível universitário, no fim da década seguinte. Desde então, essa formação de nível superior, ensejou, além da fundamentação teórica da prática profissional, a articulação entre ensino, pesquisa e extensão de modo a favorecer a reflexão e a análise crítica e comprometida com as demandas da realidade social brasileira, bem como o suporte na implementação de políticas e serviços públicos em saúde, educação, assistência social, trabalho e cultura.
Atualmente, compreende-se a Terapia Ocupacional como um campo do conhecimento e intervenções em saúde, em educação, em arte e cultura, em trabalho e na esfera social. Ela elabora e aplica tecnologias orientadas para desenvolvimento, manutenção ou recuperação da autonomia de pessoas que, por problema específicos (físicos, sensoriais, psicológicos, mentais e/ou sociais), sofrem com a dificuldade de se envolver ou atuar efetivamente em diferentes situações ordinárias ou de inserir-se e participar da vida social. A intervenção proposta ancora-se na compreensão dos processos ocupacionais em diferentes momentos de vida e diferentes contextos sociais, culturais, históricos, políticos e econômicos.
Fundamenta-se ainda na compreensão das relações saúde-sociedade e dos processos de inclusão-exclusão social, para atuar em programas de promoção, proteção, recuperação, inclusão e reabilitação nos setores da saúde, da educação e da assistência social. Com isso, as demandas sociais, de interesse social e, ancorado na perspectiva de crescimento profissional, o ISEMI/FUNITA organizou o curso de Graduação em Terapia Ocupacional a fim de capacitar os egressos ao exercício profissional em todas as suas dimensões, pautado em princípios éticos, no campo clínico-terapêutico e preventivo.